O presidente da Câmara Municipal de Feira de Santana, Marcos Lima, revelou em entrevista exclusiva à rádio Subaé que a origem do ar-condicionado recuperado com um traficante em 21 de fevereiro permanece um mistério. Após intensa investigação interna, a sindicância aberta pela Casa Legislativa fracassou em identificar de onde foi subtraído o aparelho encontrado em posse de um indivíduo com histórico de envolvimento em tráfico de drogas na cidade.

Marcos Lima detalhou os bastidores da apuração, destacando que a Procuradoria da Câmara agiu rapidamente ao tomar conhecimento do caso: foi até a delegacia acompanhar o retorno do equipamento e iniciou a sindicância para esclarecer o imbróglio. Porém, mesmo com os esforços, nem a polícia nem a Câmara conseguiram rastrear a origem do ar-condicionado. O presidente atribuiu a dificuldade à transição de mandatos na Casa, que teria causado falhas na comunicação e no controle dos bens públicos.

No episódio que ganhou repercussão, o delegado David Lopes confirmou que o traficante, preso e acusado de envolvimento em homicídios na área conhecida como “Vietnã”, admitiu ter recebido o aparelho como pagamento por drogas. Ele, entretanto, negou saber da origem ilícita de uma moto que também estava em sua posse, aumentando o mistério sobre a procedência dos bens recuperados.

Além do caso do ar-condicionado, Marcos Lima lamentou o impasse que mantém os gabinetes dos vereadores fechados. A empresa responsável pela reforma do prédio anexo, onde funcionam os gabinetes e a administração da Câmara, deixou as obras paradas, mesmo após comprometer-se a retomá-las. O abandono da obra compromete o funcionamento da Casa e prejudica o trabalho dos parlamentares, refletindo um novo desafio para a gestão municipal.