Nesta segunda-feira (7), a Bahia deu um passo decisivo rumo à transformação da segurança pública ao lançar o “Percurso Formativo para Agentes de Cidadania do Programa Bahia pela Paz”. O evento, realizado no Departamento de Apoio Logístico da Polícia Militar, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, marca o início de uma capacitação inédita que visa humanizar e integrar a atuação policial nos territórios atendidos pelos ‘Coletivos Bahia pela Paz’.

Felipe Freitas, secretário de Justiça e Direitos Humanos, destacou que o curso nasce do diálogo entre policiais e gestores para traçar estratégias eficazes e alinhadas com a comunidade. Para ele, a qualificação do vínculo entre polícia e população é fundamental, com um compromisso intransigente pela redução da letalidade, reforçando o pacto entre agentes sociais, polícia e moradores. Já o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, reforçou a visão ampliada da segurança pública, ressaltando que “polícia é segurança pública, mas segurança pública não é só polícia”. Ele defende um trabalho orientado pela inteligência e políticas intersetoriais para superar os desafios atuais.

O lançamento reuniu autoridades estaduais, incluindo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, o coronel Aloísio Mascarenhas Fernandes, representantes da Polícia Militar e Civil e o coordenador acadêmico do curso, professor Ricardo Cappi, que ressaltou a importância da pactuação de responsabilidades no novo modelo de segurança pública. O curso, que será realizado em Salvador e Feira de Santana durante o mês de julho, reunirá uma diversidade de agentes – policiais, operadores sociais, membros da justiça e comunidade – em três etapas progressivas, entre fundamentos teóricos, práticas exclusivas para policiais e avaliações pós-ação em campo, todas com metodologia participativa.

Inseridos no plano dos ‘Coletivos Bahia pela Paz’, que já atuam em bairros vulneráveis de Salvador e Feira de Santana, esses agentes atuarão para reconstruir a relação entre polícia e comunidade, promovendo direitos humanos e prevenção da violência. O projeto, que se expande para outras cidades do estado, como Camaçari e Jequié, visa fortalecer jovens e suas famílias, gerando inclusão social e segurança com humanidade para milhares de baianos.